Alianças 4.0 e Inteligência Artificial
29 de setembro de 2025
Alianças 4.0 e Inteligência Artificial
29 de setembro de 2025

Governança de IA: por que esse tema importa para você?

A importância da Governança de IA

Hoje em dia parece que todos só falam de Inteligência Artificial (IA). Ela já está no nosso celular, ajudando a corrigir textos, sugerindo músicas ou organizando fotos. Também está em empresas de todos os tamanhos, desde startups até bancos gigantes.

Mas tem um detalhe que pouca gente comenta: dados do ITPro mostram que apesar de 93% das organizações já usarem IA de alguma forma, só 7% criaram frameworks de governança para acompanhar e controlar como essa tecnologia é usada. E, pior, apenas 8% incluem esse cuidado no próprio ciclo de desenvolvimento de software.

Ou seja: estamos correndo em alta velocidade sem olhar muito para o retrovisor, ou para os riscos à frente.

 

O que significa Governança de IA?

De forma simples, é garantir que a IA seja usada de maneira segura, transparente e eticamente responsável. Não basta comprar ou treinar um modelo e esperar que ele funcione bem desde o início e para sempre.

É como dirigir um carro: você não só abastece e sai rodando, precisa fazer revisão, trocar óleo, calibrar pneus.

Na prática, uma boa Governança de IA envolve medir e acompanhar constantemente o desempenho. Conforme dados da ZenData, algumas métricas já viraram padrão, como:

  • Qualidade e confiabilidade dos dados
  • Incidentes de segurança
  • Tempo de resposta
  • Diretrizes éticas
  • Confiança e percepção de justiça dos usuários

 

Ferramentas ajudam, mas não fazem milagre

Um relatório do World Privacy Forum mostrou que mais de 38% das ferramentas de Governança de IA analisadas usam métricas ou técnicas de explicabilidade de forma equivocada.

Em outras palavras: ter uma ferramenta bonita na prateleira não significa que você está realmente no controle.

É como comprar um SmartWatch e nunca olhar os dados de saúde que ele coleta, ou pior, interpretar tudo errado.

 

E no Brasil, como estamos?

Ainda estamos dando os primeiros passos, mas já temos movimentos importantes:

  • Goiás aprovou a Lei Complementar nº 205/2025, criando um Núcleo de Ética e Inovação em IA, sandboxes regulatórios e incentivo a modelos abertos.
  • O PL 2.338/2023, em discussão no Congresso, busca criar um Marco Regulatório Nacional, coordenado pela ANPD.
  • A Operação Serenata de Amor mostrou o poder da IA aplicada à transparência: analisou mais de 3 milhões de notas fiscais de deputados e resultou na devolução de dinheiro público.

 

Lições globais

No cenário internacional, a ISO já publicou padrões específicos para IA, como a ISO/IEC 42001, que cria um sistema de gestão para IA confiável.

Isso mostra que o mundo está correndo para estabelecer guias claros — e o Brasil não pode ficar de fora.

 

Conclusão

A Governança de IA não é tema somente para advogados, programadores ou reguladores. É algo que impacta o dia a dia de todos nós.

Se um algoritmo pode decidir desde a recomendação de um filme até a aprovação de um crédito bancário, é justo que tenhamos clareza, confiança e responsabilidade nesse processo.

 

Os pilares da Governança de IA

  • Dados robustos e bem monitorados;
  • Ferramentas confiáveis e contextualizadas;
  • Leis e regulamentos claros;
  • Padrões internacionais para dar segurança;
  • Exemplos reais de impacto social positivo.

Talvez a mensagem mais importante seja: ignorar a Governança de IA pode ser o maior erro estratégico das empresas (e até dos governos) nesta década!

Conteúdo desenvolvido por: Jesus Lopez Aros https://www.linkedin.com/in/jesuslaros